Falar de dívidas é ruim e ninguém gosta. Mas não falar é ainda pior. Afinal, somente quando encaramos o problema de frente é que teremos condições de superá-lo. Se você sofre com dívida na empresa, a boa notícia é que existem técnicas para resolver esse problema.
Neste post vamos mostrar 4 motivos que levam os empreendedores a se endividarem no início do negócio e por que isso acontece. Também vamos mostrar como se planejar e superar esse momento da melhor maneira.
O que pode levar o empreendedor a ter dívida na empresa?
Há muitas razões que podem levar um empreendedor a ter dívida na empresa. Algumas delas, por exemplo, se confundem com a rotina da empresa e o problema só é percebido quando o dinheiro começa a faltar. É o caso, por exemplo, de compras mal feitas, depósito de mercadorias exagerados e investimentos equivocados, por exemplo.
No entanto, há quatro situações muito comuns que levam ao surgimento da dívida na empresa.
Veja quais são:
1. Quando o investimento necessário para abrir o negócio é alto demais
Um dos principais motivos que levam ao surgimento de uma dívida na empresa é o investimento necessário para abrir o negócio. Neste caso, o investimento total costuma ser composto por dois itens:
- investimento direto (ou em ativos fixos);
- investimento de capital de giro.
O que nem sempre se leva em conta, no entanto, são os imprevistos que podem surgir no caminho. Afinal, a maioria dos negócios funciona como uma casa em construção: custa o dobro do que foi orçado e demora o triplo do tempo para ficar pronta. É assim também com o empresário que abre o negócio sozinho e faz empréstimo para manter o negócio em operação. A dívida nasce, cresce e vira uma bola de neve.
A forma de superar o endividamento, neste caso, é trabalhando mesmo. Não tem outra forma: trabalhar dobrado e economizar o triplo para acumular a reserva financeira necessária que não foi feita no início do empreendimento.
2. Quando o negócio não tem fluxo de caixa
Outro motivo que leva o empreendedor a ter dívida na empresa é quando não sobra dinheiro para pagar os fornecedores. O empresário trabalha muito, produz, vende, entra dinheiro, tem uma boa carteira de clientes e a operação é lucrativa. Mas, no fim do mês, o resultado parece não ser tão recompensador assim.
Este é, portanto, um caso típico de problema de fluxo de caixa. O empresário compra do fornecedor para pagar em 30, 60 e 90 dias, por exemplo. E, na hora de vender para o cliente, o faz em seis parcelas. Assim, quando chegam as datas de vencimento da fatura do fornecedor, o dinheiro do empresário está na rua, no crédito que ele ofereceu ao cliente. E o caixa, então, fica negativado.
A forma de superar, portanto, é fazer o ajuste envolvendo o fluxo de caixa, por exemplo. No caso, adequar o prazo de pagamento aos fornecedores com os prazos das vendas aos clientes. Essa ferramenta gerencial é a melhor forma do empresário acompanhar as entradas e saídas e poder tomar decisões acertadas sobre o futuro da empresa.
3. Quando a operação não é lucrativa
Imagine, por exemplo, que o empreendimento está rodando, que as vendas são boas e que o mercado está no auge. No entanto, a realidade financeira da empresa parece não acompanhar esse bom momento. O capital de giro, por exemplo, diminui cada vez mais ao invés de aumentar. Quando isso acontece, o problema pode estar na própria operação do negócio, que não é lucrativa.
Para resolver essa situação existem inúmeras possibilidades. Por exemplo:
- preço de venda mal formulado;
- volume de vendas insuficientes;
- estrutura de custo;
- despesas fixas incompatíveis com as vendas.
A primeira providência a ser feita, portanto, é elaborar um Demonstrativo de Resultados (DRE). Essa ferramenta pode ajudar o empresário a identificar onde está o problema com um simples cálculo do ponto de equilíbrio, por exemplo. Só essa alternativa já pode ser suficiente para dar um norte ao negócio, já que sugere boas estratégias de solução e providências necessárias a serem tomadas.
4. Quando o pró-labore dos sócios é muito alto
Quando o negócio está bem posicionado no mercado, a carteira de produtos é altamente lucrativa e as vendas são boas, as metas têm tudo para serem alcançadas no fim do mês. Mas e quando isso não acontece? Onde está o problema?
Um motivo muito comum pode ser o pró-labore, por exemplo, que está muito acima do que pode suportar a receita da empresa. A solução para isso, portanto, não tem muito mistério: reduzir o pró-labore dos sócios. A implementação dessa prática é sempre um desafio e, às vezes, até impossível. Afinal, ninguém gosta de ver um recuo nos rendimentos, já que isso reflete diretamente no status social e na qualidade de vida.
Em muitos casos, no entanto, é melhor dar este passo para trás do que provocar um resultado muito pior e definitivo: a quebra da empresa.
Dívida na empresa é um sintoma de que algo está errado
Ter dívida na empresa é um importante sintoma de que algo está errado ou ineficiente na operação do negócio. Não prestar atenção a este item pode ser fatal.
Quase sempre, as dívidas diminuem a rentabilidade da empresa e são mal vistas pelos acionistas. Por isso, quando o sintoma aparece, é preciso uma ação imediata para corrigir o que for necessário, antes que o problema saia de controle e vire uma bola de neve. Dar um passo atrás, nessas horas, pode fazer toda a diferença, por exemplo.
Você, como presidente de sua empresa, não pode abrir mão de acompanhar e controlar este indicador. Estar sempre de olho nos números e nos resultados é imprescindível para a saúde do negócio. A dívida na empresa tem solução e precisa apenas de ações rápidas e um acompanhamento mais apurado.
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